sexta-feira, 18 de junho de 2010

Queima do Alho na AGCIP - 29/05/2010

A AGCIP – Agência de Gestão Cultural do Interior Paulista – cuja sede fica em Monte Alto, minha cidade, realiza um trabalho pioneiro em muitos sentidos, posso citar como exemplo a criação do Consórcio Intermunicipal Culturando (CIC), que é o primeiro consórcio de cultura do Brasil. Para celebrar o lançamento do CIC, a AGCIP promoveu no dia 29 de maio uma Queima do Alho com a presença de duas comitivas e dos Independentes de Barretos.




Comitivas preparando o almoço

Eu e a Katrini fomos prestigiar o evento, que lotou a sede da AGCIP. Enquanto as comitivas preparavam o almoço, algumas duplas tocavam música raiz e teve também uma apresentação de Catira. Fiquei beliscando, saboreando a culinária caipira e ouvindo as modas, até o almoço ser servido.


Beliscando


Guilherme Tenório


Catira


A Kat, eu e a Rô - presidente da AMMA


Eu e o Profº Marcelo

Depois do almoço, meu amigo o Profº Marcelo da Viola que estava tocando, me chamou para tocar algumas músicas minhas, topei na hora. Toquei a primeira música do meu disco (Katrini) a pedido dele, e ele me acompanhou de improviso na minha música Pagode de Pinho. Fiquei bastante agradecido pela oportunidade!


Relíquias de Violeiros



Obrigado, Marcelo! E Parabéns Sete, Daniel, Felipe e toda a direção da AGCIP pela iniciativa de preservar a Cultura Caipira!

domingo, 6 de junho de 2010

Porto Ferreira - Post III

Neste último post comento sobre minha apresentação, que foi o que me levou até lá. Toquei no sábado. No fim das apresentações de sexta, pensei que se alguém me acompanhasse ao violão no sábado minha audição ficaria mais rica, mais cheia. Me arrisquei a pedir para o pessoal do júri me acompanhar. Tal foi minha alegria quando o Adilson Casimiro e o Xandão toparam me acompanhar, que tratei logo de preparar tudo para meu “show”. No sábado à tarde ensaiamos uma vez e contamos com a sorte na hora do evento. E deu tudo certo, felizmente. Tocamos Estrada de Chão, Pagode de Pinho, Beatriz, e Cachoeirinha. É gostoso tocar com músicos profissionais, eles entendem, com mais facilidade, o que queremos dizer com as músicas. Foi essa a abertura da segunda eliminatória. Foi essa a minha primeira apresentação fora de Monte Alto. Agradeço muito aos músicos que tão gentilmente dividiram o palco comigo, engrandecendo a execução das minhas músicas.
Além de mim, apresentaram-se o grupo Ciranda Violeira, que tocou clássicos da música raiz, e também músicas próprias de composição do Toninho Dias; e a dupla Luiz Fernando e João Pinheiro, que interpretaram músicas de Zé Carreiro, e também de autoria.
Não posso finalizar meus assuntos sobre Porto Ferreira sem falar da pessoa que possibilitou tudo isso: o competente Marco Riolino, Diretor Cultural do Município. Não esquecerei da oportunidade dada e da confiança em mim depositada. Oportunidade que foi de grande relevância para o meu amadurecimento como músico profissional. Marco, abração pra você!










sábado, 5 de junho de 2010

Porto Ferreira - Post II


Eu na mesa do júri

Neste post escrevo especificamente do IV Festival Zé Carreiro, do qual fui o quinto jurado, de uma mesa de cinco. O presidente da mesa era o já citado Adilson Casimiro, o segundo foi o Toninho Dias, o seguinte era o Fábio Belo - esses três compõem o grupo Ciranda Violeira - o quarto era o Xandão Braz, percuterista que já tocou inclusive com Mazinho Quevedo e é o atual maestro da Orquestra de Viola Caipira de Araras, ou seja, responsa total pra mim. O Festival funcionou assim: a primeira eliminatória foi na sexta-feira, apresentaram-se 10 músicas e classificamos 5; no sábado, segunda eliminatória, também foram 10 e classificamos mais cinco. Domingo foi a grande final, os 10 classificados se reapresentaram e premiamos 3 melhores. A qualidade das músicas nos surpreendeu, foi muito alta, músicas muito boas e muito bem interpretadas. Foi muito difícil para nós jurados avaliarmos as melhores, as notas ficaram coladas.
Admirei-me com uma duplinha (ou melhor, duplão) de irmãos de 9 e 12 anos, Felipe e Fernando. Duas vozes muito afinadas, o violeiro toca muito bem e conta com uma boa base de violão do parceiro. Ficaram em terceiro lugar. Outra dupla que gostei muito foi Ronaldo e Rogério, um dos melhores duetos do festival, ficaram com a segunda colocação. E os grandes campeões foram Paraná e Piazinho da cidade de Montes Claros – MG, com uma música sobre o meio ambiente – dois caras bem preparados.
Além dos primeiros colocados, tivemos apresentações que não se premiaram, mas de uma qualidade tremenda. É o caso, tenho que falar deles, de Tião do Laço e Boiadeiro, um baita duplão, não deixaram de ter seu favoritismo. Destacou-se também um cantor solo, o Riacho de Descalvado – SP, defendendo letras muito bonitas, das quais gostei. E teve também o Jefferson Brasil, outro solo, muito querido em Porto Ferreira, mostrando sua voz e seu talento na composição de músicas em estilo regional.








PS: A qualidade dos vídeos não é tão boa porque não foram gravados com uma câmera apropriada.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Porto Ferreira - Post I



Enquanto divulgávamos meu trabalho em algumas comunidades do orkut, encontramos um post sobre o IV Festival de Música Raiz “Zé Carreiro” de Porto Ferreira. A princípio não me interessei, porque meu trabalho é instrumental e esse festival pede música e letra. Mas a Katrini pensou em entrar em contato com os organizadores para tentar uma apresentação. A resposta foi muito melhor do que esperávamos, além de conseguir um espaço para apresentação, fui convidado para ser jurado. Fiquei muito empolgado com essa oportunidade, e como imaginei foi realmente uma experiência importante. Como tem muita coisa pra falar, vou dividir esse relato em 3 posts. Terminarei esse post falando um pouco da cidade, no segundo falarei sobre o Festival e no terceiro sobre a minha apresentação.
Porto Ferreira fica a mais ou menos 150Km a leste de Monte Alto. É uma cidade de 55 mil habitantes, muito tranquila, com uma boa qualidade de vida, o transito é bem organizado e o povo é receptivo. Como toda cidade do interior, há uma praça no centro da cidade, onde ficam o clássico coreto e a igreja matriz, que no caso de Porto tem a arquitetura do barroco tardio, acredito que por estar próximo a divisa com o estado de Minas Gerais. A comida é excelente, fomos a dois restaurantes, a Pizzaria Braziliana, que tem um garçon muito figura; e o Recando do Leitoa (é DO Leitoa mesmo, esse é o apelido do dono), onde provamos a especialidade da casa: a chuleta.








sábado, 29 de maio de 2010

Lançamentos - 18/05/2010



O Conservatório em que trabalho, para não deixar passar em branco, encaixou o lançamento do meu CD recém-saído da fábrica em um Ensaio Aberto com a apresentação de alguns projetos dos meus colegas professores. Foram lançados três trabalhos: meu CD, um CD instrumental de acordeon do professor Paulinho Paraná, e um método de estudo de cavaquinho do professor Roberto Nascibem. Tudo prata da casa. O professor Roberto me propôs, já que se lançava dois produtos nossos, de cavaco e de viola, que tocássemos algumas músicas juntos, para mostramos que efetivamente conhecemos nossos instrumentos. Achei interessante pra caramba! Pra mim foi um desafio, porque ele me propôs músicas que eu nunca tinha tocado, que estavam fora do que eu estava habituado a tocar. Foi aí que o negócio me estimulou. Ensaiamos Feira de Mangaio, um forró muito conhecido do grande sanfoneiro Sivuca. Para tocarmos pelo menos duas músicas, propus um choro do meu CD, ele fez a base de cavaco e o professor Marquinhos Leone nos acompanhou fazendo o ritmo no pandeiro. Beleza! Tocamos um forró e um choro, numa inusitada mistura de viola e cavaco. Gostei muito. Dando sequencia à apresentação das minhas músicas, sai o Roberto e entra o Fabrício José, meu parceiro que me acompanha no violão. Toquei com ele três músicas e finalizei apresentando uma música de viola solo, a primeira do meu disco. Estava lançado meu trabalho. Mas a noite não acabou nisso, nem minha participação. O professor Paulinho Paraná me convidou para acompanhá-lo no violão no lançamento de seu CD Nas trilhas do Acordeon. Os outros números da noite foram o grupo Choramingando, a Orquestra de música raiz do professor Marcelo Colla e o show da banda Papel de Seda dos professores Rosângela, Silas, Marquinhos, Codorna, Charlon, Beto e Tati Lampa.














sexta-feira, 28 de maio de 2010

Um Caipira em Viena

Meu primeiro post, como não poderia deixar de ser, discorre sobre meu primeiro álbum. É um trabalho instrumental bem eclético ritmicamente, com músicas de minha autoria. Depois de dois anos sem pegar na viola, por causa do vestibular, retomei meus estudos musicais no final do meu primeiro ano de faculdade – a música gritou mais alto. No final de 2005, portanto, comecei a rabiscar as primeiras e tímidas composições. No ano seguinte, com mais composições na caixola, conheci a Katrini, que depois de ouvir minhas músicas teve a ideia de gravá-las para produzir um CD. A ideia foi amadurecendo em 2007/2008, até que em 2009 entrei em estúdio para gravar as 14 faixas selecionadas. Confesso que minha primeira experiência no estúdio me espantou, tive que voltar pra casa e estudar, estudar e estudar. Depois de 4 meses ralando firme, voltei ao estúdio e em alguns meses terminei as gravações. Com tudo gravado, a conclusão do trabalho ainda estava longe. As provas de mixagem me mostraram o que tinha que melhorar e preencher em termos de execução. Foram mais alguns meses para fechar a mixagem, e ainda tive problemas para encontrar uma masterização perfeita, mas de novo vem a Katrini salvando a pátria, pois ela encontrou um bom profissional em masterização que conseguiu fechar o álbum. Tendo a trabalho masterizado em mãos, parti para a prensagem, a fase mais tranquila, pois só precisei esperar a entrega da fábrica. Eis que em 08 de abril de 2010 recebo meus CDs. Parecia tudo mais fácil em 2005... Aproveito o tópico para agradecer os caras do estúdio G7 Produções de Araraquara, o Geraldo e o Luciano, cresci muito com eles; e também ao Cássio do MasterDX Estúdio que acertou a masterização. Valeu!




Mais uma empreitada

Nunca me passou pela cabeça ter um blog, mas devido a algumas recentes experiências pensei que este seria um bom canal para registrá-las e dividí-las. Meu objetivo, pelo menos num primeiro momento, é além de relatar minha vivência como músico que acaba de lançar seu primeiro trabalho solo, tratar de assuntos gerais que fazem parte do universo musical, particularmente pelas coisas que tenho maior interesse, como a cultura caipira, música instrumental, análises de discografias e a viola em geral. Espero que com o tempo o blog ganhe leitores dispostos a fazer comentários, iniciar discussões, fazer críticas (que gosto muito), enfim, fazer deste blog um espaço de troca, onde vou com certeza aprender muito. Vale dizer que não estou familiarizado com as ferramentas do Blogger, e que certamente aos poucos vou me acostumar. Conto nessa empreitada com o apoio da Katrini, minha namorada e maior incentivadora.